fonte: G1

Funcionários terceirizados do Hospital Estadual Carlos Chagas fizeram nesta segunda-feira (13) uma paralisação contra o atraso no pagamento dos salários. Alguns setores do hospital ficaram sem funcionar e, com a enfermaria fechada, muita gente foi atendida nos corredores mas, segundo os médicos, isso é uma rotina por lá.

A Organização Social Pró-Saúde, que administra o hospital e outras cinco unidades no estado, admitiu problemas no pagamento dos funcionários e responsabilizou o governo estadual pelo atraso nos repasses.

O RJTV apurou que a dívida do estado com a Pró-Saúde chega a R$ 100 milhões e,
segundo a organização, a Secretaria Estadual de Saúde prometeu resolver a situação até sexta-feira (17).

Os problemas de pagamento chegam também aos funcionários terceirizados da empresa AVX, responsável pelos serviços administrativos. Segundo eles, desde dezembro, o salário que é pago todo dia 5 só tem sido depositado no dia 20. Na semana passada, o secretário Estadual de Saúde admitiu numa reunião na Assembleia Legislativa (Alerj) que enfrenta problemas no orçamento.

Um rapaz de 23 anos, que trabalha como maqueiro no hospital com o salário de R$ 900, disse que foi contratado há quatro meses, mas há três meses ele não recebe nada. Sem dinheiro, muitos não conseguem trabalhar todos os dias porque não têm nem como pagar a condução e, por conta disso, eles se revezam em regime de escalas.

“Éramos sete maqueiros e agora só três estão trabalhando e isso prejudica o atendimento”, explicou o maqueiro que preferiu não ser identificado.

A SES informou que o repasse às organizações que administram os hospitais foi feito na última sexta-feira (10), mas a secretaria deu uma outra data pra pagar os funcionários – 20 de abril – e declarou que essa dívida com fornecedores é resultado da crise econômica do estado. O RJTV não conseguiu contato com a empresa AVX.